10/07/2020 17:05 - Comunicação
10/07/2020 17:05 - Comunicação
O Facebook anunciou (no dia 08 de julho) a retirada de 35 contas, 14 páginas e um grupo registrados em sua plataforma de rede social, e mais 38 contas do Instagram, a rede de fotos que pertence ao mesmo grupo.
Segundo a empresa, essas contas estavam envolvidas com a criação de perfis falsos e com "comportamento inautêntico" que é quando um grupo de páginas e pessoas atuam em conjunto para enganar outros usuários sobre quem são e o que estão fazendo.
O Facebook informou que os conteúdos publicados eram sobre notícias e eventos locais, incluindo política e eleições; memes políticos; críticas à oposição e a organizações de mídia e jornalistas; e também sobre a pandemia do novo coronavírus.
Alguns dos conteúdos publicados por essa rede foram removidos automaticamente por terem violado a política interna da rede social, inclusive por discurso de ódio.
O presidente da CPMI das Fake News, senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, encaminhou requerimento ao Facebook para que a comissão tenha acesso a esses dados.
“Estou fazendo um requerimento solicitando que o Face nos envie todas essas contas retiradas do ar e canceladas, banidas e também o seu conteúdo, se for possível, para que a CPMI possa se debruçar e até melhorar seu relatório, ao final dos trabalhos”.
No comunicado feito pelo Facebook acerca da medida, a própria empresa admite que o trabalho se deu levando em conta também a atuação do Congresso Nacional.
Uma das linhas de investigação da CPMI é de que haja ligação entre sites de fake news e funcionários do governo federal. Essas páginas excluídas pelo Facebook seriam ligadas a assessores do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos. Tanto o Facebook, quanto o Twitter já removeram vídeos e mensagens do presidente e de seus filhos, alegando que elas violavam a política das redes, contra a disseminação de informações danosas à saúde pública e de ódio.
883 mil pessoas seguiam uma ou mais das 14 páginas apagadas do Facebook. Já no Instagram as 38 contas tinham em torno de 917 mil seguidores no total.
As contas, as páginas e o grupo que foram removidos do Facebook e do Instagram reuniam cerca de 350 pessoas e foram gastos um milhão e meio de dólares em publicações dessas páginas, pagos em real.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Karla Alessandra
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